MEMORIAL

Memorial
Meu nome é Yanne Patricia Bezerra Dantas, tenho 31 anos de idade. Esse Memorial retratará minha vida de leitora.
Meus pais sempre deram importância fundamental aos estudos. Entrei na escola aos três anos de idade - Escolinha Menino Jesus - iniciei o Ensino Infantil no Maternal. Lembro-me sempre dos meus pais dizendo que eu seria uma "doutora".
Aos cinco anos cursei o Jardim II (1 semestre) e o Jardim III (2 semestre). Como eu já lia, meus pais me presentearam com uma coleção de Contos de Fadas, onde no final de cada livro tinha um disco compacto com as histótias. O que mais chamava a minha atenção eram os desenhos coloridos de cada página.
Depois, no Ensino Fundamental I e II - Colégio Salesiano São João Bosco - os livros que mais me marcaram foram aqueles da coleção dos Karas de Pedro Bandeira. Li toda coleção. Eu vivia cada história como se participasse de cada aventura. Era o máximo!
A aula mais marcante, nesta época (8 Séire), foi uma sobre Figuras de Linguagem, ensinada através de músicas que faziam sucesso na época com temas variados.
Essa escola é dirigida por padres tradicionais e sistemáticos. A biblioteca ficava bem afastada das salas de aula, numa sala escura e o responsável chamava-se Professor Luiz (tio do ator José Wilker), ia neste local, mais pela curiosidade de conhecê-lo do que para ler algo.
Na verdade a principal responsável pelo meu interesse em ler, foi minha prima mais velha que me desafiava "Vamos ver quem ler mais livros?" Eu era três anos mais nova que ela, e a mesma adorava ficar na minha frente, mas trenei tanto que depois quem lia mais era eu. Meu tio, também porfessor de português, tinha uma estante no seu quarto com os mais diversos paradidáticos e clássicos. Nas férias eu lia tanto, que terminava um e começava outro. Eu me sentia naquelas histórias.
No ensino médio, a professora por quem nutria mais afeto e admiração chamava-se Socorro Martins - professora de português e redação. Ela dava aulas de uma maneira tão suave, pareciam menores que todas as outras aulas. Eu aprendia o conteúdo facilmente e depois transmitia aos colegas que não conseguiam compreender.
Lembro-me de que sempre achei os conteúdos gramaticais de suma importância, porque facilitavam minha vida em redação e interpretação de textos. Mas, o que eu sempre considerei mais importante foi Concordância Verbo/nominal e Regência.
No entanto, naquela época, eu considerava inútil toda e qualquer relação com cálculos. Imaginava para que isso tudo iria me servir um dia?! Hoje reconheço o valor dos cálculos, principalmente nos concursos.
Nesse éríodo de científico, a leitura que mais me marcou foi Dom Casmurro - Machado de Assis. Fiquei impressionada como um enredo elaborado noséculo passado, podia ser tão atual no século XX. Essa trama prendeu muito a minha atenção.
Já na faculdade, realidade completamente diferente do ensino médio, procurei ler muito livros de teorias, como: Libâneo, Augusto Cury, Celso Antunes. E comecei a caminhar com minhas próprias pernas. Nesse tempo as leitura de Carlos Drummond, Mário Quintana, Fernando Pessoa, marcaram-me profundamente. Já não tinha a mesma obrigação de quando aluna secundarista, mas tinha a curiosidade e o prazer de ler como universitária.
Hoje, amo ler. Acho válida qualquer tipo de leitura, desde que edifique o ser humano. Com certeza, meus pais, parentes e professores contribuiram essencialmente nesse contexto da minha vida.